quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O silêncio que precede o esporro

Olá pessoas!

Eu comecei esse blog citando Chuck Noland, o personagem de Tom Hanks em O Náufrago, q dizia: "Amanhã é dia de continuar respirando, pois nunca se sabe o que a maré irá trazer".

Realmente...

A maré pode trazer muitas coisas. Coisas boas, coisas ruins, coisas que nem notamos, coisas que prometem mto, coisas parecem que não vão dar em nada... Mtas coisas!
E d fato nunca se sabe! Nem quando elas chegam se sabe.

Hoje vejo que a maré leva algumas coisas, e por muitas vezes coisas que não queríamos que levasse. Mas em compensação traz outras, por muitas vezes coisas que nem sabíamos que queríamos que trouxesse. Ela pode parecer injusta quando nos leva algumas coisas.... Mas com o tempo percebemos que já era hora de nos desfazermos delas. E a maré só faz o trabalho sujo que nós mesmos não tivemos coragem de fazer.

E aí ela nos traz outras coisas. Como ainda estávamos apegados às que ela levou, nem percebemos as coisas boas que ela nos traz. Ou então, ainda pior, percebemos e reclamamos da maré que nos parece só estar trazendo algo menor pra nos consolar por nos ter tirado aquilo que considerávamos muito melhor. Eu não sei se o ser humano é um bicho burro ou um bicho egocêntrico. Talvez seja os dois...

Mas o que devemos entender é que esse trabalho da maré é bem difícil. Saber enxergar e encaixar o que alguem tem mais já devia ter se livrado com alguém que nem sabia que precisava desta coisa, mas nossa... como precisava! É como um grandessíssimo quebra-cabeça, de 6 bilhões de peças bem pequenininhas... E a maré pacientemente vai estudando pecinha por pecinha, encaixe por encaixe. E algumas vezes ela erra a peça e o encaixe. Mas ela só saberia se testasse a peça com o encaixe mesmo. Até porque num quebra-cabeça tão complexo como este, existem muitas peças e encaixes que parecem que vão bater, mas depois de um bom tempo percebemos que não fecham um encontro perfeito. E aí a maré leva essa peça e busca por outra para testar se essa vai encaixar perfeitamente conosco, encaixes.

É assim que eu vejo minha vida hoje. Em diversos planos dela. A maré me tirou algumas coisas, me trouxe outras... E não sei no que vai dar as peças que tenho hoje pra tentar montar o quebra-cabeça da minha vida. Pode ser que encaixe, ou pode ser que eu crie um quadro à lá Picasso.... Mas só dá pra saber se eu tentar encaixar as pecinhas. Antes a experiência de tentar encaixar e não serem elas, do que nunca ter formado pedaço nenhum do quebra-cabeças.

O que vai acontecer amanhã eu não sei... Onde eu vou estar morando, onde vou estar trabalhando, quando eu vou estar estudando, quem eu vou estar vendo todo dia e quem eu não vou ver nunca mais. Mas no momento não quero pensar nisso também. Até porque, como vocês devem ter notado pelo uso excessivo de gerúndios, essas coisas e todas as outras são momentos de nossa vida. Ações em progresso durante um determinado espaço de tempo. Ontem é diferente de hoje que por sua vez é diferente de amanhã. E por isso mesmo não adianta tentar imaginar o futuro porque as coisas mudam, nossos pensamentos e objetivos mudam....

Vou viver cada dia de uma vez e deixar que a maré me deixe as peças que eu devo continuar tentando encaixar e me leve aquelas que não são pros meus encaixes, pra que elas encontrem seu encaixe em algum outro lugar que a maré as levar. Até porque se a maré me trouxe as peças que estão comigo hoje pra que eu tente encaixá-las em meu quebra-cabeças, é porque ela teve que as levar de outro alguém que estava tentando as encaixar mas não era aonde encaixavam.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu-você, você-eu

Eu... você...
Você... eu...
E assim começou.
Eu... você?
Você... eu!
E então algo mudou.
Eu e você?
Você e eu!
E agora perdi as palavras.
Só consigo dizer
Eu... você...
Você... eu...
Ainda bem que existem outras formas além das palavras
de se fazer sub-entender.
Então,
Eu... você...
Você... eu...

=D

Entre-tempo

A gente se olhou... o tempo parou
A gente sorri... e o resto eu nem vi
E o dia passou, o dia apareceu
A gente nem notou que mais um dia amanheceu
Tenho que ir, mas não quero
Mas sol vai surgir, eu espero
As horas passaram, tenho que ir!
...mesmo que eu não queira...
Seu nome me falam, começo a rir
ficando vermelha...

A volta dos que não foram, rss

Long time no see you, my friends.....
=D

Devido a uma série de acontecimentos, acabei deixando o blog desatualizado né? Entre aniversários, pcs quebrados, cds do windows corrompidos e outras coisitas mais, acabou que não pude vir aqui atualizar. Mas a produção literária continua, então to acessando aqui firme e forte postando. Até resolver meu problema com o meu pc, acho q não vou conseguir atualizar com a mesma freqüência com que vinha fazendo antes. Mas vamos tentando, rsss. Enquanto isso, hoje vou postar dois textos de uma vez pra me redimir com vocês, hehehe.

Beijão pra vocês todos!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Carta ao Leitor

Depois de estudar tantas Letters to the Editor (cartas do leitor, em português) em Língua Inglesa IV (ou foi a III? Não lembro, rssss), eu tinha que saber como essa secção funciona né? rssss. Então, eu to abrindo um espaço aqui pra isso. Primeiro eu posto uma carta do editor (ou no caso, eu) pra comunidade leitora (ou no caso, vocês) comentando sobre um fato acontecido nas publicações (no caso, posts) do jornal (no caso, blog). E vocês dão as suas opniões, revoltadas comigo ou concordando e congratulando, sobre as mesmas (ou no caso... aaaaffff chega de "ou no caso", rsss. vcs entenderam). Então vou começar a minha, sobre o que vem acontecendo neste blog ok?

Prezados leitores,
Venho por meio deste veículo expressar minhas sinceras desculpas, enquanto editora deste. Tenho postado muitos textos aqui. E como a grande maioria (senão todos, rss) sabem, tenho os escrito para externalizar tudo que venho sentindo neste último 1 mês. Minha intenção não é alfinetar, magoar, provocar, ou principalmente agredir ninguém. Nem vocês que visitam o blog com freqüência para lê-lo, nem ninguém mais. Minha única intenção é aliviar a carga emocional que venho sentindo, e que estava me fazendo muito mal por estar presa dentro de mim.
Pois bem. O processo pelo qual estou passando é feito de estágios, já me havia avisado minha amiga Mariana logo no princípio. E agora estou vendo o quanto ela estava certíssima. Primeiro vem a tristeza, depois a mágoa, depois a dor, depois a raiva, e depois mais alguns que eu não me lembro (desculpa Mari, esqueci, rsss), pra no final eu me recuperar e ficar bem. Infelizmente só lembro dos estágios pelos quais passei e o que estou agora. E espero que em breve eu chegue no último. Mas por enquanto como vocês já devem ter percebido estou neste último estágio que mencionei, antes dos que eu não lembro.
Por conta disso, acabei escrevendo muitas coisas agressivas, e que não tinham a menor necessidade de serem ditas. E uma delas eu publiquei aqui antes de ontem. Antes de ontem foi um dia especialmente carregado. Mas nada justifica. Foi um erro. Certas coisas não devem ser ditas só porque são sentidas. Porque a forma com que são ditas pode fazer com que as pessoas só criem mais raiva, e se afastem mais. E uma tentativa de simplesmente mostrar o que estou sentindo pode ser vista como um ataque, e aí eu viro vilã. E não é isso que eu quero. Na verdade não tenho nenhum intenção ou ato de vilania em meu coração. Só dor mesmo. Não nego que estou tendo alguns momentos de raiva pura. Mas sei que são sentimentos ruins, e de coração aberto digo que não quero tê-los. Estou tendo, mas sei que são ruins e quero não tê-los mais (ou no mais breve possível).
Por conta disto tudo, estou excluindo o último post. Para tirar a raiva do meu blog, e do meu coração. Desculpem, pois não era minha intenção excluir nenhum post daqui, para que este blog fosse como um diário da jornada que estou vivendo. Mas é necessário, pois algumas coisas ruins sempre vão acontecer em nossas vidas e a gente tem sempre duas opções: remoê-las para sempre e vira volta trazer estes sentimentos ruins de quando aconteceram à tona novamente; ou aprendermos e crescermos com essas situações e não esquecê-las de vez pois senão se perde o aprendizado também, mas pelo menos pô-las de lado e seguir em frente sem trazê-las de volta. Então decidi pela segunda opção, e por isso estou tirando este último texto do blog. Esta pessoa amarga e cheia de raiva que o escreveu não sou eu. Então vou deixá-los de lado, sem remoê-los aqui. Pra que eu aprenda e cresça mas sem tratar ninguém mal, e sem magoar ninguém, e sem me tornar alguém amargo ou agressivo, pois nunca fui nem quero sê-lo.

Desculpa a todos aqueles que acabaram por lê-lo. Vocês não merecem isso. Nem ninguém. Nem eu mereço sentí-lo.


Em tempo: Gu, adorei o aurum pepitae! =D
E não, Gu e Nanda, ainda não tem nenhum garimpeiro novo... mas uma hora tem que ter né? Enquanto isso eu aguardo e sonho em como e quando ele virá. E torcendo pra que não demore muito. rssss.

domingo, 5 de outubro de 2008

Revolução silenciosa

Porque político que ladra não pode

Dia de eleição..... Dia de escolher "quem vai cuidar do seu futuro e do futuro de quem você gosta". Como a maioria das pessoas que lêem esse blog me conhecem pessoalmente, vocês já devem ter percebido que eu sou bem tranquila com política. Veja bem, tranquila não é o mesmo que alienada. Tranquila significa não ser radical, extremista.

Já vi muitas pessoas falarem da importância de votar em alguém. De pesquisar e escolher dentre os candidatos aquele que fará bem ao seu município, estado país e talz. Que, mais que um direito, é um dever do cidadão escolher alguém; e que não votar e votar nulo era a mesma coisa e igualmente jogar o município, estado ou país as traças. E já vi muitos falaem da importância pro outro lado também. Que não tem nenhum político que preste, nunca teve e nunca vai ter, logo vote nulo sempre. Que o povo vota em alguém que parece legalzinho, sem pesquisar de verdade, e acaba escolhendo o menos ruim pro país, o que não muda o fato dele continuar sendo ruim. Que a parada é sair anulando tudo até nenhum desses candidatos safados e ladrões todos que temos hoje poderem se candidatar. Que quando os candidatos ladrões e safados virem que o povo não vai votar neles e eles não conseguirão se eleger enquanto tiverem essa atitude, os novos candidatos viram com atitudes diferentes, pois verão que só sendo realmente bem intencionados que o povo irá elegê-los.

Pois bem....

Eu acho as duas atitudes extremistas. Acho que as duas tem mais um fundo de "votar por votar" ou "revolucionar por revolucionar" do que de fato a busca por um município, estado, país melhor. Não se ofendam por favor. Eu entendo que esta não é a intenção de vocês. Mas é o que está subconscientemente acontecendo. As coisas estão perdendo foco. E isto não é uma crítica, é só uma ressaltada que eu estou dando. Porque eu mesma me peguei hoje fora de foco. Estou a semana inteira me lembrando que hoje era dia de eleição, e que eu teria que acordar cedo, me deslocar do Flamengo à Tijuca e votar. Sem encomodos, sem reclamações, pois eu acho legal de fato votar. Como cidadã brasileira, como classe menos favorecida, e como mulher, eu poder acordar cedo hoje e me despencar até à Tijuca me tornam o resultado de pelo menos três grandes conquistas sociais com relação a política e cidadania no Brasil. Pois então, estava eu no 433, vermelhinho como o inferninho que é seu trajeto, com meu irmão e minha cunhada, todos indo votar, quando eis que ele me pergunta "E aí Lú, vai votar em quem?" e eu pensei "OPA!". Eu tava tão preocupada no ir votar em si, que de fato tinha me esquecido de escolher. Confesso, e me envergonho disto. Mas foi exatamente o que aconteceu.

Não que eu não tivesse pensado nisto ainda. Eu tinha analisado os candidatos, e tinha chegado já a 2 opções desde uns 20 dias atrás mais ou menos. Uma opção seria votar num candidato X, e a outra seria votar nulo. Só que depois disso, me esqueci de parar pra pensar e decidir qual dos dois seria. Me empolguei mais com o ir votar do que o real propósito que é escolher um futuro melhor pra nossa cidade.

E acho que é isso que vem acontecendo com o Brasil, e por isso que as coisas estão como estão hoje. Antes tínhamos estudantes lutando pelo direito de voto, pelo impeachment, por um futuro melhor para o país. E agora? Nós, cidadãos votantes de hoje, somos o futuro pelo qual nossos anteriores lutaram. E por isto estamos acomodados. Mas temos outras questões pelas quais lutar e não enxergamos. Temos aquela consciência tranquila de que o pior já passou. Ou pior, a consciência de que político sempre foi safado ou corrupto, e que isso não vai mudar nunca, mas que pelo menos não temos mais ditadores como antes, então podemos escolher pelo menos ruim. E aí o dia de eleição virou uma desculpa para termos algo para fazer no domingo, ou um motivo para visitar nossos parentes e amigos em nossa cidade natal (ou bairro natal). Ou para dar em cima daquele mesário que tava na última votação e que você sabe que vai estar nesta também, ou para brincar na maquininha maneirinha e ouvir o "tililililirim". Ou sei lá, desvios de foco são o que não faltam.

Como eu disse, eu não sou extremista nem pra um lado nem para o outro. Sou tranquila, porém consciente. Eu particularmente vejo o voto nulo simplesmente como uma opção de voto. O nulo é um candidato pra mim. Se eu achar que tem um candidato que vá de fato fazer algo, eu voto nele, se eu não achar, o voto nulo vai fazer algo, que é chamar novas eleições onde nenhum desses que estão se candidatando agora vão poder se candidatar e então terei novas opções pra escolher entre elas ou o nulo novamente. Então pode ser que um ano eu vote nulo, e no outro não. Mas isso é opnião minha, não precisa ser a de vocês.

Minha mensagem pra vocês todos, leitores, é que votem. Nulo, candidato X, Y ou Z... Não me importa, pois o voto é pessoal e secreto. Apenas votem com a consciência de que o seu voto pode mudar as coisas, é tudo que lhes peço. Não votem porque temos que buscar alguém dentre aquelas opções pra que alguém faça pelo menos alguma coisa, mesmo que não tudo. E não anulem só porque político é tudo safado. Votem em alguém porque realmente acham que aquele candidato será bom e trará tudo que sua cidade, estado ou país precisa. E anulem se acharem que nenhum daqueles candidatos o fará, para que novos candidatos venham até que apareça um que vá fazer tudo pra valer. Mas votem. E não percam o foco!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ensaio sobre a amizade

..."Quem tem amigos tem tudo"...

Sou uma menina feliz.
Descobri que tenho muitos amigos.
Uns de infância, uns mais recentes,
Uns à distância, uns até escondidos.

Não posso reclamar de nada.
Definitivamente não posso ir chiar com Deus.
Me cercou de anjinhos bons
Que fazem de tudo por um sorriso meu.

Nada melhor do que descobrir que temos grandes amigos. Amigos de verdade, que tão com a gente não só quando tá tudo bem e feliz, mas também quando a situação fica preta, ou pior, deprê.

É muito fácil ser nosso amigo quando estamos felizes e numa boa, quando estamos irradiando sentimentos bons que fazem com que a pessoa tenha vontade de estar perto da gente. Difícil é ser amigo na hora que a gente cria um clima pesadérrimo em torno da gente, o que faz com que a maioria se afaste, ou pior se sinta no obrigação de estar ali só porque tem o cargo de amigo. Amizade não é cargo. Carinho não é fardo. E amigos de verdade sabem disso.

Amigos de verdade às vezes nem se preocupam tanto em marcar presença quando está tudo bem. Só ficam perto por quererem estar, mas sem sentir aquele "que saco, tenho que ligar pra fulano pra ele não reclamar que não sou mais amigo dele". Amigos de verdade se encontram naturalmente e se sentem mais felizes ainda por isso. Amigos de verdade são aqueles que estão ao seu lado por ser legal estar ao seu lado, e não porque são forçados (às vezes por si próprios) a isso, ou porque são freqüentadores do mesmo local que você (como trabalho, colégio faculdade ou reuniões de família). Algumas vezes são aqueles que quando freqüentavam o mesmo lugar que você nem eram tão amigos assim, e depois, quando o natural seria perder gradativamente o contato, é que ele cresce, passo a passo, na direção contrária. São aqueles que nas horas boas pareciam mais colegas do que amigos, mas quando o bicho pega, aparecem mandando uma mensagem pra te animar ou pra dizer "qualquer coisa, tô aqui". E aí você se sente até meio envergonhado porque quando tava tudo bem muitas vezes você nem percebeu mas eles estavam ali. Mas ainda sim eles continuaram ali, e agora mais do que nunca continuam.

Não posso nem começar a listar tudo que amigos de verdade fazem pela gente. Seria injusto pois não tem ordem de grandeza ou preferência. Conversas, abraços, lanchinhos, e-mails, saídas, risadas, coments no blog e bolinho surpresa! Mas principalmente, principalmente mesmo, paciência! Paciência pra nos ouvir (ou ler, rsss, internet tem dessas coisas) contando os mesmos problemas e mágoas quinhentas vezes, pra ler nossos textos aqui no blog, pra vir repetir os mesmos conselhos porque demoooooooram pra entrar na nossa cabecinha, e quando não tem mais nada a ser feito, pra abrir os braços e falar "vem cá, pode vir".

Pros meus amigos de verdade MUITO OBRIGADA!

(Eu sei que esse texto não foi dos melhores.... definitivamente tenho que aprender o que é um EU LÍRICO. Uma coisa é inspiração, e outra é emoção pura. A inspiração é uma emoção pura lapidada. Emoção pura é bruta, é grossa, e por iso não pode ser controlada, moldada, domada, pra se tornar um bom texto. Mas puella litterae tem dessas coisas. Litterae, mas ainda sim puella. Como amigos de verdade, tenham paciência comigo e meus textinhos. =])