sábado, 22 de agosto de 2009

Porque que eu olho pra você, e vejo um raio de sol,
Mas olho seu passado e vejo uma manha chuvosa?

Sei que os dias e as noites frias já passaram.
E sei que em nenhum momento elas voltaram.

Mas insisto em revirar seu passado sem nada em pról
Procuro entre as geleiras um girassol
Sei que haviam o girassol e a rosa
Sei que foste embalado por uma cantiga amorosa

Não me dói teus amores, pois passaram
Mas me incomodam as feridas que ficaram

Sei que estão escondidas e tentas esquecer
Mas sofro só de saber que alguém um dia te fez sofrer
Reviro seu passado e nem sei o porquê
Enfrento meio mundo só por você

Sei que também foste feliz neste passado
E que nao saiste dele amargurado
Mas suspeitar que alguem tenha te magoado
Ja é suficiente pra deixar meu coração atormentado

Sei que não queres este passado em minha mente
E dizem que se eu insistir talvez você nao me aguente
Mas ninguém nunca sentiu o que a gente sente

Só quero te ver sorrir
Farei de tudo pra esse objetivo atingir
Pra que este raio de sol continue a brilhar
Cada vez mais intenso, por toda a vida a raiar

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sob a Benção de Safo

Escrevo, pois nos meus versos exalo meu calor
Sob a benção de Safo estou
E não me cale, por favor

Não se trata de Eros, Afrodite, de Lesbos ou torpor
Ovídio e Baudelaire me acompanham
E compreendem meu clamor

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Estou ficando...

Estou ficando...
Velha, chata, gorda, entediada.
Relaxada, sem noção, esculhambada.
Estou ficando...
Séria demais, perfeccionista demais.
Confiante demais, preocupada demais.
Estou ficando tudo ao mesmo tempo, me perdendo em meus pensamentos.
Da plena felicidade, do mundo perfeito e feliz, do nada mergulho num abismo, sem baseamento, sem motivo, sem raiz.
Como pode meu humor ir de 100 a zero num segundo?
Como pode, sem porquê, desabar meu mundo? Como? Pode?
Não, não pode. Não existe isso. Existe? Ah, não f... brinca!
Desisto, ninguém me entende! Ah, cresce garota! Vira gente!
Estou ficando... maluca! Só pode ser.
Lelé da cuca. Cansei de escrever.
Estou ficando neurótica, descontrolada.
Ficando robótica, padronizada.
Eu sei que está tudo bem... mas que vontade de chorar.
Que não me fez nada ninguém... mas que vontade de xingar.
Eu sei que do mesmo jeito que veio vai passar.
E que daqui a um mês tudo vai voltar.
Odeio esse machismo, mas maldita TPM!
Eu sei que é uma benção, mas que M...!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Miss you already

I miss you already
But I don't know what to say
Words cross right through my mind
Winds just take them away

There's so much I could tell you
Many feelings, many ways
But, organizing my thoughts
Winds just take them away

You have gone just yet
How I wish you could stay
Though I want you so badly
Winds just take you away

Now I'm here thinking about you
Fight my fears if you may
'Cause with you as my hero
Winds sure will take them away

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Donum Puellae (Presente da Puella)

Puella Litterarum posta:

Não que eu goste desses dois... Eles tem me causado alguns inconvenientes nesse blog no último mês. Mas isso é conversa pros coments do post anterior. E bem ou mal não posso negar que esse blog já tava ficando meio largado de novo, até que essa virada no último mês fez as coisas voltarem a se agitar por aqui.

Então lá vai um presentinho meu pra vocês dois, seus chatos.



Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Renan abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Luciana tomava um nescau
No outro canto do estado, como eles disseram...

Renan e Luciana um dia se fuxicaram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Uma comunidade do Renan que mostrou:
"Tem um tópico legal, e a gente quer se divertir"

Comunidade estranha, com gente esquisita
"Letras do Brasil", scrap e msn falando de linguistica
E a Luciana riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o turista na UERJ que tentava impressionar
E o Renan, meio tonto, só pensava em conversar
"É quase duas", bjo, tchau, "a gente se fala..."

Renan e Luciana trocaram torpedos
Depois se pokearam e decidiram se encontrar
O Renan sugeriu pro meio da semana,
Mas a Luciana queria ver filme no dia seguinte

Se encontraram então no maior shopping da cidade
A Luciana de 623 e o Renan de Nossa Senhora da Penha
O Renan achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina falava pelos cotovelos

Renan e Luciana eram nada parecidos
Ele era de Leão e ela tinha 22
Ele fazia mestrado e falava latim
E ela ainda dando aulinhas de inglês

Ele gostava do Cicero e do Sêneca
De Murilo Mendes e do Zhang Yimou, de chopada e de Lost
E a Luciana gostava de Yellow submarine
E postava num blog com heterônimo

Ela falava coisas sobre estrangeirismos
Também cultura inglesa e americana
E o Renan ainda tava no esquema "faculdade, simpsons
pc, televisão"...

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Renan e Luciana tiraram muita fotografia
jogaram videogame, e fizeram bagunça na C&A
O Renan explicava pra Luciana
Coisas sobre o Chomsky, a Roma, cachoeiras e o concursos...

Ela aprendeu a beber, voltou a usar o pc
E ele decidiu trabalhar
E ele se formou no mesmo mês
Que ela começou a pensar em anteprojeto

E os dois comemoraram juntos
E nunca brigaram juntos, nem muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Falaram que se amavam 3 semanas atrás
Mais ou menos quando os "falamos demais" vieram
Faxinaram o orkut, sentiram ciuminho
A barra mais pesada que tiveram

Renan e Luciana voltaram pra Nova Iguaçu
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão acampar
Porque a faculdade da Luciana tá de greve outra vez
Ah! Ahan!

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!

Parabéns pela data de ontem! Parabéns pra vocês pelo primeiro mês de namoro! Que venham muitos, pra esse blog continuar agitado. Sim, é puro interesse meu! "Me importar com a felicidade de vocês?" Que que é isso? É de comer?

E lembrem-se que vocês me prometeram um eu-lírico que anda perdido pelas gavetas de Nova Iguaçú pra namorado....

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Balada ao seu Perdão

Uma angústia em mim
Já nem sei o porquê
Só sei que estou assim
Com um medo imenso de te perder

Acordar cada dia ao seu lado
É como viver pra sempre num sonho bom
Ficou pra trás todo o meu passado
Na melodia do amor encontrei meu tom

Mas se desafino por um deslize
Desencadeio um mar de temor
Em desespero já entro em crise
E não meço esforços pra manter seu amor

Então me desculpe, meu amor, eu te peço
Te magoei e entendo o porquê
Tento me redimir por aqui em cada verso
Então só não se esqueça: eu amo você!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Inquietação

Uma inquietação me toma. Minha mão formiga. O cérebro, já agitado, dispara linhas de raciocínio sem cessar. Procuro, já um tanto nervosa, pelos lápis e papel mais próximos. Outra vez, vai começar.

Já escrito o parágrafo inicial, de repente os disparos de raciocínio travam. A mão com lápis a postos, como um soldado, aguarda comando. Mas cessou-se o fogo. Ainda sim, fato é que meu pensamento permaneceu em você. Mas reviro minha mente atrás de palavras certas sem sucesso. Conformo-me e retomo minha atividade anterior à explosão.

Já não mais consigo. Tento em vão buscar a concentraçao de antes, mas a cada passo que dou em minha atividade, o próprio passo retoma você. Me pego já tendo deixado a atividade de lado novamente, e me encontro em modo stand-by ligado. Meu olhar perdido, enquanto imagens de nós dois passam por meus pensamentos.

Queria escrever-te descrevendo todo este festival de imagens. Pondo minha atividade inicial totalmente de lado - desta vez de forma consciente - tento escrever algo para demonstrar-te tudo o que sinto por você. Mas também não consigo. Lápis na mão a postos novamente, e novamente sem comando de "ação!".

Como pode um sentimento tão concreto e consistente quanto o que sinto por você, ser indescritível? Como podem tantas imagens tão nítidas em minha mente se tornarem inenarráveis?

Para retomar minha atividade - veja só a quanto tempo já privei dela -, preciso desenquietar meu coração. Para tal, preciso por no papel o que não tem descrição. E como fazê-lo? Que mistério a resolver! Que sinuca! Perdi meu chão por amar você!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Soneto n. 02

Acho que estamos falando demais...
Mas por que controlar palavras quando já estamos demonstrando demais?...
E como disfarçar atitudes quando a mente já pensa demais?...
Pois é impossível bloquear pensamentos uma vez que sentimos cada vez mais

"Vocês estão indo muito rápido", as pessoas dirão
"Controle as palavras, a atitude, o coração"
"Mesmo querendo dizer sim, jogue duro, diga não"
"Guarde tudo pra depois, pra evitar decepção"

Mas pra que controlar sentimento?
Nós já sabemos que não é coisa de momento
Não há como por um limite mínimo de tempo

Sinto em três dias o que sentiria em um ano
Ao olhar nos teus olhos, vejo que não me engano
E me vejo, segura, lhe dizendo "Eu te amo!"

segunda-feira, 23 de março de 2009

Carta ao Leitor II

Então galera! Susto por ver o Conto do Garimpeiro de volta? hahahaha
(É, essa carta ao leitor vai ser mais informal. rsrsrs)

Como eu disse pra vcs, um dia esse texto e os outros que eu não publiquei, voltariam. Numa secção (escrevi certinho viu Fernanda? hahaha) que se entitularia "sentimentos do que um dia eu senti". Mas apesar de sentir vontade já a algum tempinho de começar logo essa secção, fato era que no fundo no fundo ainda não era a hora.
Bom, agora sim é! Então não poderia começar com outro que não o já famoso (a melhor propaganda é a censura, já demonstrou muitas vezes a história) Conto do Garimpeiro.

Pra quem não sabe da estória e não tá entendendo nada eu explico:
Logo no começo deste blog, em setembro do ano passado, no pico da minha produtividade textual, eu escrevi e postei este conto. Logo depois tirei do blog por um processo de auto-censura, por saber que o texto estava agressivo demais pelas entrelinhas. Mas como me foi dito na época, se esse blog é pra retratar tudo que eu venho sentindo e me ajudar no processo de cura (não sei se é uma questão de cura, mas no mínimo de estravazar para ter capacidade de seguir em frente), os sentimentos de raiva, agressividade, ironia, mágoa, e o que mais fosse também seriam uma etapa, e o blog deveria retratar essa faceta da minha caminhada também.

Bom, pra evitar maiores aborreecimentos, discussões, acusações e etecétera, censurei meu próprio blog. Mas com a promessa de que na hora apropriada este texto, e outros que eu censurei antes mesmo deles serem postados, voltariam. Bem, eis que esta hora é chegada. Não pelos acontecimentos recentes da minha vida pessoal em si. Mas pelas consequências que esses acontecimentos causaram na minha cabeça. Hoje eu olhei pro conto e não vi mais nada de censurável nele. E era esse sinal que faltava pra que eu soubesse que já estava pronta para postar novemente este texto.

Então sem mais delongas eis o conto de volta. Vale ressaltar mais uma vez que este texto foi escrito em setembro, então não tem nenhuma relação direta com a minha vida pessoal presente. O que não quer dizer que os dois juntos não formem uma feliz coincidência.... Apesar de que eu não consideraria mera coincidência. Pode ser destino, pode ser previsão, pode ser lei da atração... vai saber, pode ser tanta coisa. Ou pode ser simplesmente que eu estava certa. Vai saber....

O Conto do Garipeiro

Existem dois tipos de pedra o ouro e o ouro de tolo. E antes de começar nossa estória, preciso definí-las.

O ouro é pedra rara. É pedra rica. Pode trazer a um homem tudo o que ele sonhou e um pouco mais, se ele tiver a sorte de encontrá-lo ou conquistá-lo. Tem brilho próprio. O sol pode acentuá-lo, mas seu brilho é próprio. Já o ouro de tolo te enche de esperanças falsas. O homem que o encontra, a princípio, fica todo empolgado. Pensa nas novas oportunidades e situações que se abrirão em sua vida com aquele ouro, que até então ele não sabe que é de tolo. Mas ouro de tolo não é ouro. A principio podem parecer bem similares. O ouro de tolo pode até mesmo parecer mais valioso, dependendo da intesidade da luz do sol sobre a qual ele se mostrar. Mas ouro de tolo não tem brilho próprio. Ele só suga a luz do sol, a reflete. É só uma imitação do que é belo, quando não é. Fingindo ser mais valioso que o ouro verdadeiro quando não é. Fingindo ser tudo que aquele que o encontrou queria, quando não é. Não tem valor próprio, não tem brilho próprio. É tudo falso nele, tudo ilusão. Na verdade, não passa de uma pedrinha vagabunda e ordinária, dessas que se encontra na rua, em qualquer esquina.

O ouro de verdade dura muito mais do que uma vida inteira. Já o ouro de tolo dura pouquíssimo tempo. Em pouco tempo seu verdadeiro caráter é descoberto e o tolo se desfaz dele. E assim o ouro de tolo segue seu destino errante, passando de mão em mão, de tolo em tolo, e sempre sendo dispensado assim que sua verdadeira identidade é descoberta. Uns percebem logo e na mesma hora o descartam. Outros são mais tolos e demoram um pouco mais. Mas também não muito mais. Eu tenho pena do ouro de tolo, coitado, pela sua triste sina que vai se seguir pelo resto de sua vida. Mas que fazer se está é sua índole, inventar e enganar, em vez de ser?

Vamos à nossa estória então. Era uma vez um garimpeiro. Ele encontrou uma pepita de ouro. Durante muito tempo soube o quanto tinha sorte, e o quanto o ouro já estava lhe dando e tudo que ele ainda poderia lhe dar. Mas um belo dia ele encontrou um ouro de tolo. O ouro de tolo tinha se posicionado estratégicamente para que a luz do sol o detacasse aos olhos do garimpeiro. O garimpeiro, ante aquele brilho todo, ficou momentaneamente cego. Sua ganância foi tanta, que viu no ouro de tolo até mais brilho o que o ouro de tolo fingia à luz do sol. Julgou então que a pepita de ouro que tinha em casa, que já lhe dava tanto e a tanto tempo, não poderia lhe dar tanto comparado àquela nova pedra. Ainda parou pra pensar por um tempinho, mas a ganância e a cegueira que o ouro de tolo lhe causara logo o levaram a decidir por dispensar sua pepita de ouro verdadeiro por aquela pedra. E achou durante um tempo aquela fora a melhor escolha que poderia ter feito.

Até que um dia levou seu ouro de tolo a um avaliador. Descobriu então que o ouro de tolo não valia nada. Ficou desiludido e de coração partido. Lembrou-se então da pepita que havia jogado fora. Será que ainda poderia reencontrá-la, recuperá-la? Neste momento chega ao avaliador um outro garimpeiro, pulando de felicidade. Para a surpresa de nosso amigo garimpeiro, este tinha em suas mãos aquela pepita, a sua pepita. O avaliador a analisa e logo anuncia ao outro o homem de sorte que ele era, pois nunca tinha visto em tantos anos naquele serviço tanto valor e raridade numa única pepita. O segundo garimpeiro saiu agarrado com sua pepita, pois sabendo o valor que tinha, nunca a deixaria lhe escapar. E o nosso amigo saiu da loja sabendo o tolo que era, pois perdera a maior e melhor oportunidade de sua vida, que estava em suas mão e ele optara por deixar escapar, por uma ilusão momentânea.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Benefício da Dúvida

Em tempos em que tudo é instantâneo e sem rodeios, lhes concedo o benefício da dúvida.

Caso de estudo: O Inverso do "Cala a Boca e Beija Logo"
(nomes das personagens removidos para não expô-los no meu estudo)

Ele e ela estão conversando. Parece que está rolando um clima. Mas as horas passam e os dois continuam só conversando. A pessoa parece ser tão legal, que ao mesmo tempo que o clima só aumenta, os dois acabam esquecendo das 2as, 3as e 4as intenções. Uma conversa tão legal que nem se vê as horas passarem. Até a hora que dá a hora deles.

De repente eles se lembram que ir embora significa se despedir. E se despedir significa ficar a 2 milímetros do rosto da pessoa. E ficar a 2 milímimetros do rosto da pessoa significa que eles ainda não sabem o que isso significa.

Beijo numa bocheca, beijo na outra, e aí chegam os tais 2 milímetros. Ela olha pra ele, ele olha pra ela... E diz... "Então tchau! A gente se fala!"
Cada um vai pro seu canto tão perplexos consigo mesmos quanto um com o outro.


Análise de caso:
Falta de atitude dele? Falta de demonstração de interesse dela? Timidez dos dois? Pode ser... Mas se até você também ficou pensando e analisando o caso só de ler a estória, dirá os dois.
Eles podiam ter se beijado. Naquela hora, antes ou seja lá quando fosse. Nos tempos de hoje seria normal, ou mais do que isso, o esperado. Mas e aí? No final das contas os dois não teriam terminado com um "Então tchau! A gente se fala!", do mesmo jeito?

Porém, eis que entra em cena o benefício da dúvida!
Tão perplexos quantos vocês, ficaram os dois. E como diz o ditado "Penso, logo... não durmo!" Se eles tivessem se beijado, teriam pensado nisso pelo resto do dia. Mas não se beijar fez com que eles pensassem nisso tudo por muito mais tempo. Até o dia em que eles se reencontrassem, o não saber como teria sido faria com que eles ficassem imaginando o como, o quando, o o que teria sido... E assim se vão dias de pensamento, muito mais do que o pensamento advindo somente da empolgação inicial pós-acontecimento.

Então, timidez ou estratégia (do latim estrategica, do inglês strategy, do grego...), fato é que não beijar dá mais vontade de beijar do que beijar de fato. Complexo, não? Mas assim são os seres humanos. Ou pelo menos os seres de Humanas....

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Windy Autumn Days

What joyful memories it brings to me these windy autumn days.

From times I was so young that my father could take me in his arms and lift me up and high.
Or times in kindergarten when my pony tale would swing as I walked from side to side.
My long ago childhood and friends who were, by the time, swept away.
As were the drawings, made by us on the street with chalk, that the leaves covered and erased in a slow shade.

The last class at the end of the afternoon at high school days
With the sun slowly setting, as the wuthering winds would come to stay.
And, with that, the image of my school skirt flying up at the school's principal gate.
As fast as the wind, flushing, I would run away.

And then I remember, Oh, Windy Autumn Day!, when he came to tell me he had loved me all the way.

And then, many other winds, other autumns, other days.
Oh my God, time is running and rushing my age.

But, as happy as a child, in the wind I stay
Running to, from and into the strong winds with which I play.
Until the day I get exhausted and throw myself on the grassy floor
And the wind falls beneath me
As a good companion, my good old mate.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Soneto n. 1

Queria escrever um poema
Mas não tenho começo, nem meio, nem fim
Sairia escrevendo sem nenhum problema
Mas seria injusto, pois não escrevo pra mim

Já pude escrever à vontade
Mas foi-se o tempo em que escrevia assim
Não posso esbanjar-me dessa liberdade
Pois tenho leitores pra os lerem enfim

Hoje escrevo pro mundo
Então me preocupo em buscar conteúdo
Se largo aqui qualquer texto imundo
Vou odiar os versos, a métrica, tudo!

Mas a inspiração me surge do nada
E, sem eu nem perceber, meu poema acaba.