sábado, 27 de dezembro de 2008

Meia Margherita, Meia Calabresa

Era só conversa pra nos distrair da tristeza
Mas com você não sei ser concisa
Poderia escrever uma antologia da língua portuguesa
Mas, pensando bem, nem precisa

Pois se nos mais simples versos
Se descrevem as maiores belezas
Minha felicidade está nestes dias dispersos
De meia margherita, meia calabresa

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Ano... NOVO??

Me apoderando da idéia de um amigo "muito entrão" segundo definição do próprio, hahaha. Talvez o amigo extrovertido mais tímido que eu conheço.

Com a chegada do fim do ano, um sentimento de amor, carinho, felicidade, e esperança (principalmente este) se apodera do coração de todos. Fazemos votos aos próximos, e aos nem tão próximos também. Fazemos promessas de novas atitudes no ano que se aproxima. E acreditamos de verdade que no ano que se inicia tudo será diferente. O sentimento de esperança que toma nossos corações nos faz de fato crer que o ano será NOVO, no sentido total da palavra.
Tudo aquilo que aconteceu de ruim ao longo do ano, tudo que deu errado, tudo que reclamamos, xingamos e rogamos pragas ao longo do Sr. Ano Velho Barbas Longas, simplesmente disaparecerá, e Pequeno Infante Ano Novo Cheirando a Leite será um ano repleto apenas de coisas boas e situações felizes.
Não estou aqui pra pregar um fim de ano dark e um novo ano depressivo e pessimista. Apenas acho eu (e meu amigo extrovertido/tímido, rss) uma idéia interessante analisarmos esta falsa comemoração que se aproxima.
A pessoa passa o ano inteiro reclamando da vida. O emprego é maçante, o chefe não gosta dele, o dinheiro acaba antes do mês, só tira nota baixa, ninguém a ama, ninguém a quer... Enfim, 11 meses e 30 dias dando td errado. Porém no trigésimo-primeiro dia do décimo-segundo mês, chega a virada do ano.
Mais que dia mágico! Se até ontem ela estava reclamando que a uma semana atrás, na véspera de natal, passou o dia enrolando 459 bolinhos de bacalhau que sua família devorou em 7,39 segundos, sem abrir a boca pra dizer nem "parabéns, ficou bom" ou a carteira pra rachar a facada que foi a ceia, no dia 31 de dezembro, tudo some mais rápido do que mancha com Vanish. A pessoa chora... abraça quem nem gosta tanto... enche a cara... E realmente acha que neste novo ano vai ser diferente. Num passe de mágica, a mágica do ano novo, tudo muda, tudo fica de fato NOVO como o ano. Sem precisar se esforçar pra melhorar. Tudo mudará sozinho e automaticamente.
Acho que o problema está exatamente aí. Em vez de virar o ano fazendo pedido pra onda, uva, calcinha colorida ou seja lá qual for sua mandinga, que tal nos comprometermos a de fato mudar as coisas? Vamos correr atrás do que queremos no lugar de pedir pra sua mandinga favorita, depois passar o ano todo falando que ela não funciona, até que no último dia lá estamos nós fazendo novamente. Em vez de passar o último dia fazendo uma lista dizendo que vai emagrecer, que vai encontrar o cara da sua vida, que vai ganhar dinheiro dormindo, faça uma lista de planos para que essas coisas aconteçam. E não joga o raio da lista fora, junto com o resto de lentilha e rabanada, no dia 1º não! Já começa a por em prática quando der meia noite! Ou então antes da meia noite mesmo!
Mas como, no Brasil, o ano só começa depois do carnaval, e no caso do Rio de Janeiro só depois do show do Monobloco na praia de Copacabana no final de semana seguinte, temos esse tempinho pra curtir o mar de rosas da crença na mudança mágica caindo do céu. Mas depois dele.... Que venha logo o próximo 31 de dezembro!

E aí autor secreto? Gostou do resultado final? Não ficou tão bom qnto eu gostaria ou sua idéia merecia, mas tá aí. Tô publicando hoje pra ser um presente de natal pra mim e pra você! E pra torcer pro ano que vem a gente tenha muitos momentos engraçados, do tipo "futebol amanhã!" hahahaha, e e sem nenhuma das situações igualmente complexas e complicadas que nós passamos (e na mesma semana!). Mas que seja por esforço nosso e não por pedido de fim de ano!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Puella Litterae

Chat - 03:59 AM de um dia qualquer

PL: Puella Litterae, o prazer é todo seu. ;p
LL: Não começa a gracinha não espertinha. Todo mundo tá gostando mais de você do que de mim. Muitos nem percebem que Luciana Leão e Puella Litterae não são a mesma pessoa.
PL: Claro que não são. Luciana Leão é o pobre ser que tem esses delírios e sofrimentos que inspiram os textos da Puella Litterae.
LL: É muito fácil, assim. Eu que fico me remoendo, entre dúvidas, dramas, felicidades, e trocentos outros sentimentos, e você só escreve e ganha os créditos pelos bons textos.
PL: Aiai, lá vem drama. Nem é tão fácil assim. Se você parar pra pensar na verdade você que ganha o crédito pelos meus textos. É pra você que todo mundo dá parabéns, manda elogio, vem consolar, vem fazer rir. E PRA QUEM FEZ O TEXTO MESMO QUE É BOM, NADA!
LL: Aiai, lá vem o drama [2]! Bom, chegamos a um consenso então, né Puella? Temos que deixar bem claro quem é quem.
PL: Sim, temos...
LL: Já que você é "quem faz os textos do blog msm", me diz aí como que a gente ai fazer isso?
PL: Eu sei lá! Quem estuda literatura aqui é você! Eu só sou o seu eu-lírico. E digamos q eu... bem... não sei... quer dizer!Eu sei sim! Só não encontro palavras agora pra definir... o que seria exatamente um eu-lírico.
LL: Êêê, orgulho... Relaxa, eu também não sei direito qual a linha que separa autor de eu-lírico.
PL: Não é orgulho, mas enfim. Como é que a gente vai explicar pros leitores que acompanham o Domínio quem é você e quem sou eu, quem é a autora e quem é o eu-lírico, sem nem você nem eu sabemos?
LL: Se você diz que não é orgulho... enfim. rsss. Eu não sei como que a gente vai fazer isso. Quem é você e quem sou eu nesses textos todos que já saíram no Domínio (e nos que já tão prontos, esperando o momento oportuno pra sair)?
PL: Eu sei lá, já disse eu não estudo Letras! Eu só SOU as Letras. Litterae, lembra? Você que me fez assim.
LL: Ferrou-se então porque eu também não sei.
PL: Se você que criou o blog e que me criou não sabe, como é que eu vou saber?
LL: Não sei.
PL: Você sabe de alguma coisa???
LL: Acho que não... =/
PL: É... acho que eu também não sei de nada... =(
LL: Bom, o blog tá aí pra isso, pra gente/eu/você/sei lá tentar descobrir alguma coisa sobre a gente ou sobre a vida ou sobre qualquer coisa.
PL: Algo me diz q vai ser um caminho difícil.
LL: À mim também... Mas não temos muita escolha.
PL: Você filosofa muito, sabia?
LL: Eu? Ou você?
PL: Ai, não me confunde.
LL: Sério! Afinal, que tá escrevendo essa conversa?
PL: Não sei.
LL: Acho que vou dormir, pq tô começando a suspeitar que eu sou esquisofrênica.
PL: Só você? Eu também tô!
LL: Lógico que você tá! Se eu tô!
PL: Lógico nada, eu sou eu e você é você! Eu sou Puella Litterae e você é Luciana Leão!
LL: Ah Puella! Boa noite pra você! Não vou voltar pro começo dessa conversa de novo!

LL está offline


PL: Eu hein... menina doida. Menina? Não, Menina sou eu! Acho que eu to ficando doida também. Esquisofrênica também talvez... Também... Também? Aaaaffff... Ei, perae! Eu to falando sozinha? Caraca, essa estória dela falar com ela mesma tá começando a me afetar. Esses autores são um povo doido, ficam falando com eles mesmos, falando com o próprio eu-lírico, e aí acabam deixando a gente doido junto... Caraca, tô falando! Ainda tô falando sozinha... Ah! Cansei dessa esquisofrenia! Vou dormir também! Pra quem que eu tô dizendo isso?? Aaaafffffff!

PL está offline

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Inconstância

Não sei se vou ou se fico
Não sei se fico ou se vou
Se vou, não sei se não fico
Se fico, não sei se não vou.


Por que que a gente é assim? Pq tanta dúvida?
Por que que a gente não pode simplesmente saber o que quer e correr atrás?
Por que uma hora ter tanta certeza e no dia seguinte já não parecer ser tão certo assim?
Por que uma hora eu acho que quero tanto uma coisa, e na outra eu já vejo que não é nada disso que eu quero?
Por que gostar de tanta coisa e ao mesmo tempo não gostar de nada?

Tô de saco cheio das minhas dúvidas, tô de saco cheio das suas instabilidades, tô de saco cheio das nossas mudanças contantes, tô de saco cheio das incertezas de todo mundo!

Maldita inconstância que me cerca por todos os lados.

Mas tô de saco cheio agora... Pq daqui a pouco provavelmente eu vou estar com toda a disposição do mundo pra elas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Com o tempo...

Com o tempo aprendi que quando eu acreditava que já havia aprendido tanto, na verdade eu ainda não sabia de quase nada.

Com o tempo eu aprendi que família é família. Você pode brigar com a mãe, parar de falar com o pai, querer quebrar todas as coisas do irmão (sejam pertences ou partes físicas). Mas por mais que te pareça às vezes que você caiu na família errada e tudo que você queira é sair de casa e ir pra bem longe, não adianta! Essas são as pessoas que vão estar ao meu lado por toda a minha vida. São as únicas que estavam desde o começo e que vão estar até o final. Todas as outras pessoas são passageiras. Mas nessa hora você perceberá que são as únicas que você realmente quer do começo até o fim.

Com o tempo aprendi que não devo pautar meus planos e projetos em mais ninguém além de mim mesma. Já há grandes possibilidades de que você mesmo não seja mais a mesma pessoa e/ou com os mesmos objetivos até lá. Dirá os outros.

Com o tempo aprendi que não devo dissertar sobre aquilo que tenho certeza. Por mais que você tenha mil comprovações de que vai ser daquela forma, e que lhe pareça a única forma com que as coisas poderão acontecer, você só terá 100% de certeza quando elas de fato acontecerem. Antes disso, td pode acontecer.

Com o tempo aprendi que bom é ter muitos amigos. Uma única pessoa tem diversas facetas de personalidade. E cada amigo se encaixará em uma ou algumas delas. Ter um único melhor amigo ou grupo de amizades faz com que apenas algumas de suas facetas sejam externalizadas, enquanto as outras ficam reprimidas. E aí te surgem as sensações de que você é incompleto ou de que ninguém te entende por inteiro. Bom é ter um amigo pra ir a praia, outra pra discutir política, mais um pra falar mal dos outros, aquele pra contar piada....

Com o tempo aprendi a não dizer "nunca vou fazer isso" ou "nunca vou gostar daquilo". Acredite, você vai fazer e vai gostar!

Com o tempo aprendi muitas coisas... Principalmente que ainda tenho muito a aprender com o tempo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Brasil - País do Futuro

Acabei de ler um texto no Um Blog de Nada que me fez pensar. Como eu tinha acabado de postar aqui, ao comentar no blog dele, acabei usando um tom de post no lugar de um tom de comentário. Acabou me inspirando pra um post aqui, então com um ctrl+c de algumas (muitas) coisas, aí o vai.

O Brasil é o país do futuro. Esse bordão que deveria mostrar a esperança do povo Brasileiro, acaba por mostrar o comodismo do mesmo. A cada dia que passa continuamos a repetí-lo. Passam dias, meses, anos, décadas e o progresso do Brasil continua colocado para frente, pro futuro. E com isso esse futuro nunca chega. É sempre adiado. Estamos apenas o empurrando com a barriga por puro comodismo. Por nao querer ter o esforço de galgá-lo, de suar para fazer nosso país crescer, de cobrar de nossos candidatos eleitos as suas promessas. Pra que? O Brasil é o país do futuro.
Essa é a maior lavagem cerebral que podia ter sido feita em massa...

A voice, a silly girl and a huge mistake

"You're making a huge mistake, silly girl..."

I woke up today with this voice in my head telling me that. I looked at my window and saw the very first daylight starting shining inside my room. Immediatly I realized "It was just a dream".
But then I heard again "You're making a huge mistake, silly girl...". WOW! What was that?! I was almost believing I had gone insane when I realized "I`m still dreaming, of course!". And then the voice again, "You're making a huge mistake, silly girl...". I thought "Ok. I'll get along with you", and said to it "Ok. So I'm mistaken, it's not a dream. But who are you and why you keep telling me this?". But the voice didn't gave me any answers. Instead, it only said "You're making a huge mistake, silly girl". "Oh, sorry! You're obviously not here to give me the answers I'm seeking...". "You're making a huge mistake". "So you ARE here to give me these answers! Let's see then..." and I thought to myself "what was I thinking of before falling asleep?..." But then I gasped on my own breath. I had just remembered what I was thinking of... If I was making a mistake!
"So you think I'm making a mistake too. Worst than this! You think it's a huge one!". "You're making a huge mistake, silly girl...". "Yeah? huh..." I really thoght I had that whole crazy dream all figured out. Now I was definately curious to hear what that voice had to tell me then, if it wasn't the answer. "Well... If you think I'm mistaken for I thought you agreed with me that I was making a mistake, then you think I'm not making a mistake!". But, surprisingly, the voice actually emphasized "You ARE making a HUGE mistake, SILLY GIRL".
"What?? Look... I'm getting impatient here. If this is not what you're talking about,then what the hell is it?!" I had blown my top with the voice. And once I realized it I had to apologize to it. "Er... Sorry about that... But, you know, I've been thinking... Probably I'm not wrong about the whole thing. I mean... It's not like I'm in love or anything..." And, immediatly, the voice replied "Silly girl...". I held my breath. What would that be supposed to mean? "I'M NOT! ... Am I? No, I'm not! ...Well, it wouldn't change anything if I were... Oh, come on! Stop it! I'm not! Period! Better, exclamation mark!". "Huge mistake...". "Alright! I'm tired! Let's figure this whole damn conversation out! This damn conversation, my damn indagation, this whole damn situation! Let's think it all over!". "Huger and huger"
"WHAT NOW?? What should I do then? Not to think at all?!" The voice then caught me in surprise again. But this time it was because it didn't replied at all.
"What is that supposed to mean? I shouldn't be thinking at all?? I... shouldn't be... thinking! Oh... I see... I shouldn't be thinking... at all." The voice didn't replied this one too. But I didn't care to this anymore. I was amazed by what I had just concluded. The huge mistake was my thinking of if I was making a huge mistake. I was silly for thinking I was silly. I should stop wandering about all that has been happening because it would only lead me to more wandering. I shouldn't care about it all right now. I should be living it instead!
And with this final conclusion I realized I was fully awake, seated at my bedside. Wasn't I sleeping? Alright, no more thinking! Just living instead!

Desculpa gente, mas o sonho foi em inglês, transcrevê-lo vertido ia mudá-lo um pouquinho do seu sentido original.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tudo Passa

Vontade dá e passa
Saudade dá e passa
Amor dá e passa
... E o para sempre dos contos de fadas? Onde fica?
Não sei.
... Mas curiosidade também é coisa que dá e passa.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O silêncio que precede o esporro

Olá pessoas!

Eu comecei esse blog citando Chuck Noland, o personagem de Tom Hanks em O Náufrago, q dizia: "Amanhã é dia de continuar respirando, pois nunca se sabe o que a maré irá trazer".

Realmente...

A maré pode trazer muitas coisas. Coisas boas, coisas ruins, coisas que nem notamos, coisas que prometem mto, coisas parecem que não vão dar em nada... Mtas coisas!
E d fato nunca se sabe! Nem quando elas chegam se sabe.

Hoje vejo que a maré leva algumas coisas, e por muitas vezes coisas que não queríamos que levasse. Mas em compensação traz outras, por muitas vezes coisas que nem sabíamos que queríamos que trouxesse. Ela pode parecer injusta quando nos leva algumas coisas.... Mas com o tempo percebemos que já era hora de nos desfazermos delas. E a maré só faz o trabalho sujo que nós mesmos não tivemos coragem de fazer.

E aí ela nos traz outras coisas. Como ainda estávamos apegados às que ela levou, nem percebemos as coisas boas que ela nos traz. Ou então, ainda pior, percebemos e reclamamos da maré que nos parece só estar trazendo algo menor pra nos consolar por nos ter tirado aquilo que considerávamos muito melhor. Eu não sei se o ser humano é um bicho burro ou um bicho egocêntrico. Talvez seja os dois...

Mas o que devemos entender é que esse trabalho da maré é bem difícil. Saber enxergar e encaixar o que alguem tem mais já devia ter se livrado com alguém que nem sabia que precisava desta coisa, mas nossa... como precisava! É como um grandessíssimo quebra-cabeça, de 6 bilhões de peças bem pequenininhas... E a maré pacientemente vai estudando pecinha por pecinha, encaixe por encaixe. E algumas vezes ela erra a peça e o encaixe. Mas ela só saberia se testasse a peça com o encaixe mesmo. Até porque num quebra-cabeça tão complexo como este, existem muitas peças e encaixes que parecem que vão bater, mas depois de um bom tempo percebemos que não fecham um encontro perfeito. E aí a maré leva essa peça e busca por outra para testar se essa vai encaixar perfeitamente conosco, encaixes.

É assim que eu vejo minha vida hoje. Em diversos planos dela. A maré me tirou algumas coisas, me trouxe outras... E não sei no que vai dar as peças que tenho hoje pra tentar montar o quebra-cabeça da minha vida. Pode ser que encaixe, ou pode ser que eu crie um quadro à lá Picasso.... Mas só dá pra saber se eu tentar encaixar as pecinhas. Antes a experiência de tentar encaixar e não serem elas, do que nunca ter formado pedaço nenhum do quebra-cabeças.

O que vai acontecer amanhã eu não sei... Onde eu vou estar morando, onde vou estar trabalhando, quando eu vou estar estudando, quem eu vou estar vendo todo dia e quem eu não vou ver nunca mais. Mas no momento não quero pensar nisso também. Até porque, como vocês devem ter notado pelo uso excessivo de gerúndios, essas coisas e todas as outras são momentos de nossa vida. Ações em progresso durante um determinado espaço de tempo. Ontem é diferente de hoje que por sua vez é diferente de amanhã. E por isso mesmo não adianta tentar imaginar o futuro porque as coisas mudam, nossos pensamentos e objetivos mudam....

Vou viver cada dia de uma vez e deixar que a maré me deixe as peças que eu devo continuar tentando encaixar e me leve aquelas que não são pros meus encaixes, pra que elas encontrem seu encaixe em algum outro lugar que a maré as levar. Até porque se a maré me trouxe as peças que estão comigo hoje pra que eu tente encaixá-las em meu quebra-cabeças, é porque ela teve que as levar de outro alguém que estava tentando as encaixar mas não era aonde encaixavam.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu-você, você-eu

Eu... você...
Você... eu...
E assim começou.
Eu... você?
Você... eu!
E então algo mudou.
Eu e você?
Você e eu!
E agora perdi as palavras.
Só consigo dizer
Eu... você...
Você... eu...
Ainda bem que existem outras formas além das palavras
de se fazer sub-entender.
Então,
Eu... você...
Você... eu...

=D

Entre-tempo

A gente se olhou... o tempo parou
A gente sorri... e o resto eu nem vi
E o dia passou, o dia apareceu
A gente nem notou que mais um dia amanheceu
Tenho que ir, mas não quero
Mas sol vai surgir, eu espero
As horas passaram, tenho que ir!
...mesmo que eu não queira...
Seu nome me falam, começo a rir
ficando vermelha...

A volta dos que não foram, rss

Long time no see you, my friends.....
=D

Devido a uma série de acontecimentos, acabei deixando o blog desatualizado né? Entre aniversários, pcs quebrados, cds do windows corrompidos e outras coisitas mais, acabou que não pude vir aqui atualizar. Mas a produção literária continua, então to acessando aqui firme e forte postando. Até resolver meu problema com o meu pc, acho q não vou conseguir atualizar com a mesma freqüência com que vinha fazendo antes. Mas vamos tentando, rsss. Enquanto isso, hoje vou postar dois textos de uma vez pra me redimir com vocês, hehehe.

Beijão pra vocês todos!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Carta ao Leitor

Depois de estudar tantas Letters to the Editor (cartas do leitor, em português) em Língua Inglesa IV (ou foi a III? Não lembro, rssss), eu tinha que saber como essa secção funciona né? rssss. Então, eu to abrindo um espaço aqui pra isso. Primeiro eu posto uma carta do editor (ou no caso, eu) pra comunidade leitora (ou no caso, vocês) comentando sobre um fato acontecido nas publicações (no caso, posts) do jornal (no caso, blog). E vocês dão as suas opniões, revoltadas comigo ou concordando e congratulando, sobre as mesmas (ou no caso... aaaaffff chega de "ou no caso", rsss. vcs entenderam). Então vou começar a minha, sobre o que vem acontecendo neste blog ok?

Prezados leitores,
Venho por meio deste veículo expressar minhas sinceras desculpas, enquanto editora deste. Tenho postado muitos textos aqui. E como a grande maioria (senão todos, rss) sabem, tenho os escrito para externalizar tudo que venho sentindo neste último 1 mês. Minha intenção não é alfinetar, magoar, provocar, ou principalmente agredir ninguém. Nem vocês que visitam o blog com freqüência para lê-lo, nem ninguém mais. Minha única intenção é aliviar a carga emocional que venho sentindo, e que estava me fazendo muito mal por estar presa dentro de mim.
Pois bem. O processo pelo qual estou passando é feito de estágios, já me havia avisado minha amiga Mariana logo no princípio. E agora estou vendo o quanto ela estava certíssima. Primeiro vem a tristeza, depois a mágoa, depois a dor, depois a raiva, e depois mais alguns que eu não me lembro (desculpa Mari, esqueci, rsss), pra no final eu me recuperar e ficar bem. Infelizmente só lembro dos estágios pelos quais passei e o que estou agora. E espero que em breve eu chegue no último. Mas por enquanto como vocês já devem ter percebido estou neste último estágio que mencionei, antes dos que eu não lembro.
Por conta disso, acabei escrevendo muitas coisas agressivas, e que não tinham a menor necessidade de serem ditas. E uma delas eu publiquei aqui antes de ontem. Antes de ontem foi um dia especialmente carregado. Mas nada justifica. Foi um erro. Certas coisas não devem ser ditas só porque são sentidas. Porque a forma com que são ditas pode fazer com que as pessoas só criem mais raiva, e se afastem mais. E uma tentativa de simplesmente mostrar o que estou sentindo pode ser vista como um ataque, e aí eu viro vilã. E não é isso que eu quero. Na verdade não tenho nenhum intenção ou ato de vilania em meu coração. Só dor mesmo. Não nego que estou tendo alguns momentos de raiva pura. Mas sei que são sentimentos ruins, e de coração aberto digo que não quero tê-los. Estou tendo, mas sei que são ruins e quero não tê-los mais (ou no mais breve possível).
Por conta disto tudo, estou excluindo o último post. Para tirar a raiva do meu blog, e do meu coração. Desculpem, pois não era minha intenção excluir nenhum post daqui, para que este blog fosse como um diário da jornada que estou vivendo. Mas é necessário, pois algumas coisas ruins sempre vão acontecer em nossas vidas e a gente tem sempre duas opções: remoê-las para sempre e vira volta trazer estes sentimentos ruins de quando aconteceram à tona novamente; ou aprendermos e crescermos com essas situações e não esquecê-las de vez pois senão se perde o aprendizado também, mas pelo menos pô-las de lado e seguir em frente sem trazê-las de volta. Então decidi pela segunda opção, e por isso estou tirando este último texto do blog. Esta pessoa amarga e cheia de raiva que o escreveu não sou eu. Então vou deixá-los de lado, sem remoê-los aqui. Pra que eu aprenda e cresça mas sem tratar ninguém mal, e sem magoar ninguém, e sem me tornar alguém amargo ou agressivo, pois nunca fui nem quero sê-lo.

Desculpa a todos aqueles que acabaram por lê-lo. Vocês não merecem isso. Nem ninguém. Nem eu mereço sentí-lo.


Em tempo: Gu, adorei o aurum pepitae! =D
E não, Gu e Nanda, ainda não tem nenhum garimpeiro novo... mas uma hora tem que ter né? Enquanto isso eu aguardo e sonho em como e quando ele virá. E torcendo pra que não demore muito. rssss.

domingo, 5 de outubro de 2008

Revolução silenciosa

Porque político que ladra não pode

Dia de eleição..... Dia de escolher "quem vai cuidar do seu futuro e do futuro de quem você gosta". Como a maioria das pessoas que lêem esse blog me conhecem pessoalmente, vocês já devem ter percebido que eu sou bem tranquila com política. Veja bem, tranquila não é o mesmo que alienada. Tranquila significa não ser radical, extremista.

Já vi muitas pessoas falarem da importância de votar em alguém. De pesquisar e escolher dentre os candidatos aquele que fará bem ao seu município, estado país e talz. Que, mais que um direito, é um dever do cidadão escolher alguém; e que não votar e votar nulo era a mesma coisa e igualmente jogar o município, estado ou país as traças. E já vi muitos falaem da importância pro outro lado também. Que não tem nenhum político que preste, nunca teve e nunca vai ter, logo vote nulo sempre. Que o povo vota em alguém que parece legalzinho, sem pesquisar de verdade, e acaba escolhendo o menos ruim pro país, o que não muda o fato dele continuar sendo ruim. Que a parada é sair anulando tudo até nenhum desses candidatos safados e ladrões todos que temos hoje poderem se candidatar. Que quando os candidatos ladrões e safados virem que o povo não vai votar neles e eles não conseguirão se eleger enquanto tiverem essa atitude, os novos candidatos viram com atitudes diferentes, pois verão que só sendo realmente bem intencionados que o povo irá elegê-los.

Pois bem....

Eu acho as duas atitudes extremistas. Acho que as duas tem mais um fundo de "votar por votar" ou "revolucionar por revolucionar" do que de fato a busca por um município, estado, país melhor. Não se ofendam por favor. Eu entendo que esta não é a intenção de vocês. Mas é o que está subconscientemente acontecendo. As coisas estão perdendo foco. E isto não é uma crítica, é só uma ressaltada que eu estou dando. Porque eu mesma me peguei hoje fora de foco. Estou a semana inteira me lembrando que hoje era dia de eleição, e que eu teria que acordar cedo, me deslocar do Flamengo à Tijuca e votar. Sem encomodos, sem reclamações, pois eu acho legal de fato votar. Como cidadã brasileira, como classe menos favorecida, e como mulher, eu poder acordar cedo hoje e me despencar até à Tijuca me tornam o resultado de pelo menos três grandes conquistas sociais com relação a política e cidadania no Brasil. Pois então, estava eu no 433, vermelhinho como o inferninho que é seu trajeto, com meu irmão e minha cunhada, todos indo votar, quando eis que ele me pergunta "E aí Lú, vai votar em quem?" e eu pensei "OPA!". Eu tava tão preocupada no ir votar em si, que de fato tinha me esquecido de escolher. Confesso, e me envergonho disto. Mas foi exatamente o que aconteceu.

Não que eu não tivesse pensado nisto ainda. Eu tinha analisado os candidatos, e tinha chegado já a 2 opções desde uns 20 dias atrás mais ou menos. Uma opção seria votar num candidato X, e a outra seria votar nulo. Só que depois disso, me esqueci de parar pra pensar e decidir qual dos dois seria. Me empolguei mais com o ir votar do que o real propósito que é escolher um futuro melhor pra nossa cidade.

E acho que é isso que vem acontecendo com o Brasil, e por isso que as coisas estão como estão hoje. Antes tínhamos estudantes lutando pelo direito de voto, pelo impeachment, por um futuro melhor para o país. E agora? Nós, cidadãos votantes de hoje, somos o futuro pelo qual nossos anteriores lutaram. E por isto estamos acomodados. Mas temos outras questões pelas quais lutar e não enxergamos. Temos aquela consciência tranquila de que o pior já passou. Ou pior, a consciência de que político sempre foi safado ou corrupto, e que isso não vai mudar nunca, mas que pelo menos não temos mais ditadores como antes, então podemos escolher pelo menos ruim. E aí o dia de eleição virou uma desculpa para termos algo para fazer no domingo, ou um motivo para visitar nossos parentes e amigos em nossa cidade natal (ou bairro natal). Ou para dar em cima daquele mesário que tava na última votação e que você sabe que vai estar nesta também, ou para brincar na maquininha maneirinha e ouvir o "tililililirim". Ou sei lá, desvios de foco são o que não faltam.

Como eu disse, eu não sou extremista nem pra um lado nem para o outro. Sou tranquila, porém consciente. Eu particularmente vejo o voto nulo simplesmente como uma opção de voto. O nulo é um candidato pra mim. Se eu achar que tem um candidato que vá de fato fazer algo, eu voto nele, se eu não achar, o voto nulo vai fazer algo, que é chamar novas eleições onde nenhum desses que estão se candidatando agora vão poder se candidatar e então terei novas opções pra escolher entre elas ou o nulo novamente. Então pode ser que um ano eu vote nulo, e no outro não. Mas isso é opnião minha, não precisa ser a de vocês.

Minha mensagem pra vocês todos, leitores, é que votem. Nulo, candidato X, Y ou Z... Não me importa, pois o voto é pessoal e secreto. Apenas votem com a consciência de que o seu voto pode mudar as coisas, é tudo que lhes peço. Não votem porque temos que buscar alguém dentre aquelas opções pra que alguém faça pelo menos alguma coisa, mesmo que não tudo. E não anulem só porque político é tudo safado. Votem em alguém porque realmente acham que aquele candidato será bom e trará tudo que sua cidade, estado ou país precisa. E anulem se acharem que nenhum daqueles candidatos o fará, para que novos candidatos venham até que apareça um que vá fazer tudo pra valer. Mas votem. E não percam o foco!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ensaio sobre a amizade

..."Quem tem amigos tem tudo"...

Sou uma menina feliz.
Descobri que tenho muitos amigos.
Uns de infância, uns mais recentes,
Uns à distância, uns até escondidos.

Não posso reclamar de nada.
Definitivamente não posso ir chiar com Deus.
Me cercou de anjinhos bons
Que fazem de tudo por um sorriso meu.

Nada melhor do que descobrir que temos grandes amigos. Amigos de verdade, que tão com a gente não só quando tá tudo bem e feliz, mas também quando a situação fica preta, ou pior, deprê.

É muito fácil ser nosso amigo quando estamos felizes e numa boa, quando estamos irradiando sentimentos bons que fazem com que a pessoa tenha vontade de estar perto da gente. Difícil é ser amigo na hora que a gente cria um clima pesadérrimo em torno da gente, o que faz com que a maioria se afaste, ou pior se sinta no obrigação de estar ali só porque tem o cargo de amigo. Amizade não é cargo. Carinho não é fardo. E amigos de verdade sabem disso.

Amigos de verdade às vezes nem se preocupam tanto em marcar presença quando está tudo bem. Só ficam perto por quererem estar, mas sem sentir aquele "que saco, tenho que ligar pra fulano pra ele não reclamar que não sou mais amigo dele". Amigos de verdade se encontram naturalmente e se sentem mais felizes ainda por isso. Amigos de verdade são aqueles que estão ao seu lado por ser legal estar ao seu lado, e não porque são forçados (às vezes por si próprios) a isso, ou porque são freqüentadores do mesmo local que você (como trabalho, colégio faculdade ou reuniões de família). Algumas vezes são aqueles que quando freqüentavam o mesmo lugar que você nem eram tão amigos assim, e depois, quando o natural seria perder gradativamente o contato, é que ele cresce, passo a passo, na direção contrária. São aqueles que nas horas boas pareciam mais colegas do que amigos, mas quando o bicho pega, aparecem mandando uma mensagem pra te animar ou pra dizer "qualquer coisa, tô aqui". E aí você se sente até meio envergonhado porque quando tava tudo bem muitas vezes você nem percebeu mas eles estavam ali. Mas ainda sim eles continuaram ali, e agora mais do que nunca continuam.

Não posso nem começar a listar tudo que amigos de verdade fazem pela gente. Seria injusto pois não tem ordem de grandeza ou preferência. Conversas, abraços, lanchinhos, e-mails, saídas, risadas, coments no blog e bolinho surpresa! Mas principalmente, principalmente mesmo, paciência! Paciência pra nos ouvir (ou ler, rsss, internet tem dessas coisas) contando os mesmos problemas e mágoas quinhentas vezes, pra ler nossos textos aqui no blog, pra vir repetir os mesmos conselhos porque demoooooooram pra entrar na nossa cabecinha, e quando não tem mais nada a ser feito, pra abrir os braços e falar "vem cá, pode vir".

Pros meus amigos de verdade MUITO OBRIGADA!

(Eu sei que esse texto não foi dos melhores.... definitivamente tenho que aprender o que é um EU LÍRICO. Uma coisa é inspiração, e outra é emoção pura. A inspiração é uma emoção pura lapidada. Emoção pura é bruta, é grossa, e por iso não pode ser controlada, moldada, domada, pra se tornar um bom texto. Mas puella litterae tem dessas coisas. Litterae, mas ainda sim puella. Como amigos de verdade, tenham paciência comigo e meus textinhos. =])

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Tatuagem

Queria fazer uma tatuagem. Sempre quis. Mas queria algo que significasse algo. Já vi tantas tatuagens lindas disperdiçadas por serem feitas a toa. Em minha concepção, algo que vá ser marcado em alguém e para sempre deve ser algo que marcou aa vida da pessoa e para sempre. Falando assim parece óbvio, mas muita gente não vê algo tão simples e cai no erro de tatuar algo que dias depois já não tem nada a ver com ela. Seriam algumas pessoas voláteis? Ou será que o difícil é encontrar sua verdadeira identidade?

Minha idéia já vem de alguns anos. E nesses anos fiquei procurando o que me marcou a ponto de me ser marcado. Tive algumas idéias. Mas os poucos flashes de sensatez que me remanesceram me sugeriram esperar alguns (ou muitos) meses. Se a identificação com a idéia permanescesse eu faria. Bom... não tenho nenhuma tatuagem até hoje.

Procurei por temas pelos quais as pessoas que (dizem que) vêem em suas tatuagens a imagem de seus interiores refletidos utilizaram. Família, amigos, amores... Essas coisas que como resfriado todo mundo tem e os poucos não tiveram ainda vão ter. Mas como refriados, as pessoas em nossas vidas vêm e vão a todo momento. Achei melhor não arriscar. Um se cura com meia dúzia de comprimidos e muito suco e laranja. O outro já é um pouquinho mais complexo.

Lembrei então daquelas paixões que vêm de berço. Aquelas que seus pais te matricularam quando você tinha três anos, para você chegar cansado em casa e ir dormir cedo. Esportes, dança, teatro... Você pode amar até hoje. Mas como dizer ser sua p+rópria identidade algo que foi escolhido pra você quando ainda não tinha vontade própria? De novo, ainda não tenho tatuagem.

Descobri então que algumas pessoas usam suas tatuagens como terapia reversa, tal qual uma psicologia de homem-morcego. É uma fórmula bem simples na verdade e que parece (teoricamente) fazer muito sentido. Você tatua algo que te aflige, da qual você morre de medo só de pensar, seja ela qual for (e caso no dos medos de coisas abstratas, os desenhos podem se tornar verdadeiras obras de arte). Como você vai pegar afeição pela tatuagem, por silogia, vai pegar afeição por aquilo retratado, ou seja, por aquilo de que tem medo. E aí, quando a pessoa vê, não tem mais medo. Mas também desisti da idéia quando percebi que, se eu tatuasse meu maior medo e mim mesma, eu passaria uns bons meses me espancando diáriamente no mesmo local ao acordar, achando que tinha uma largatixa subindo em mim. Até eu me acostumar com a tatuagem, ela já teria sido removida por desgaste de superfície.

Por fim cheguei à última opção que encontrei: tatuar meus sentimentos, aquilo que circunda meus pensamentos. Uma forma de extravazá-los. Me pareceu perfeito a princípio. Mas com o turbilhão de sensações, emoções, conclusões e indagações que rodeiam minha mente desde sempre conturbada, eu bateria o homem-leopardo, o recordista mundial de tatuagens. Todo o meu corpo estaria preenchido... e ainda sim não teria posto pra fora (literamente) tudo que tem me consumido por dentro. Ao mesmo tempo, como preencher o lado de fora com a mesma coisa que me deixa vazia por dentro? Além disso, alguns sentimentos e pensamentos me são tão fortes que já estão mais exteriorizados através da minha expressão corporal e jeito de agir do que qualquer tatuagem mostraria. Minha busca pela tatuagem perfeita e inarrependível permaneceria inconclusa.

...É impressão minha ou vocês estão achando que eu vou morrer sem tatuagem?...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Não uso mais camisetas

Não uso mais camisetas!
Não quero mais ser a menina que você conheceu
Se o mundo deu voltas pra que eu te encontrasse
Deu mais uma volta e você me esqueceu

Não uso mais camisetas!
Pra que eu possa encontrar meu verdadeiro eu
Seria menina se ainda as usasse
Parei de as usar, a menina cresceu

Não uso mais camisetas!
Quero que o mundo veja a mulher que sou enfim
Pra, caso algum dia o amor me encontrasse,
Só depois dispertasse a menina em mim

domingo, 28 de setembro de 2008

O Quadro

Inspiração vinda de uma conversa com meu amigo Pedro... Que teve a conversa interrompida pra que eu pudesse vir aqui transcrever a minha inspiração. Obrigada pela paciência e pelos bem mais que cinco minutos de aguardo. =]

O Quadro

Em minha casa tem um quadro
Nele está meu coração
Grande e intenso retratado
Mas que encontrei caído no chão

Caiu e rachou-se na primeira ventania
Nem tão intensa, mas fraco era o prego
Um prego de boa marca não aguentou, quem diria?
Mas naquele prego eu insisto e não nego

Vou procurar outro prego, suporte ou cavalete
Sei que o quadro é bonito, e eu queria tanto
Mas martelo, martelo, e só acerto a parede
E o quadro aguardando, encostado num canto

Amores certos, destinos incertos

Coração Vazio Procura

Coração vazio procura.
Ocupação. Distração. Algo que preencha o vazio que ficou.

Daria um belo anúncio de jornal, não?
Daqueles que a pessoa escreve, mas "esquece" de por a forma de contato.

sábado, 27 de setembro de 2008

Tragi-Comédia

Baseado em fatos reais

Uma inspiraçao bate. Lembro que antes de sair de casa, atrasada como sempre, tive ainda tempo de por você, minha fiel companheira caneta, na bolsa. Dentre tantas possibilidades escolhi você para ficar ao meu lado. Agora durante meu trajeto, eu poderia, através de você, por pra fora todo os sentimentos que estavam guardados em mim, sem medo de ser feliz. Eu sabia que você estaria lá para me apoiar nesta tarefa. Um vendedor entra no ônibus e oferece várias opções de outras canetas, algumas até bem tentadoras, mas não penso duas vezes antes de recusá-las todas. Eu sabia que você estava ali e isso já me era suficiente. Outra poderia me deixar na mão quando eu mais precisasse. Você não.
Procuro por você então, e cheia de sentimentos tento, com você, desvendá-los. Mas eis a amarga surpresa do destino. Você falhou. Logo comigo?! Comigo que abri mão de todas aas outras por você sem pestanejar? Comigo que estava certa de que você nunca iria me falhar? Comigo que tinha tantos sentimentos para lhe dar vida, para que juntos pudéssemos revelar nossas essências ao mundo? Mas que traição amarga. Antes eu tivesse te perdido! Pelo menos guardaria apenas lembranças boas de você. E a certeza de que você nunca falharia comigo.
Mas ainda sim, por um tempo, eu ainda insisto. "Deve ser algo passageiro", eu penso. E insisto em você. Entendo que com mais esforço meu você se daria para mim novamente. E assim o faço. Até que me percebo em tentativas desesperadas de fazer algo sair de você para me satisfazer. "O que estou fazendo?", me perguntei. Vocês não queria mais, não por mim. A hora de eu parar de insistir em algo que não voltaria já estava na cara há muito tempo. E com os sentimentos lindos que eu tinha transformados em dor no meu peito, tive que desistir de você. Você já não era mais a caneta que eu confiava e queria. Esta era aquela que me daria tudo que estava dentro de você, nunca me falharia. Mas você não era mais essa... caneta(!).
Olhei sua carga contra a luz e vi que você ainda estava repleta daquilo que queria de ti. Mas que desilusão. O problema não era você. Era só comigo! Só para mim que você não conseguia dar o que tinha dentro de si.
Agora sigo meu caminho, arrependida de não ter tentado com outra, de ter acreditado tão cegamente que apenas você já me seria mais do que o suficiente. Me pego olhando pros lado, procurando por alguém que me estenda a mão, oferecendo algo que substitua o que você não pode me dar. Não encontro ninguém. Começo a procurar dentre a multidão de rostos desconhecidos do centro da cidade alguém que me parece ter cara de quem tem ... caneta(!). para me oferecer, e aliviar assim meu coração comprimido, já apertado. tantos são os sentimentos que só se acumulam mais e não posso exteriorizar (graças a você!).
"Céus, devo estar viciada em demonstrar sentimentos! À que ponto cheguei?", eu percbo. Decido então que isto já era demais. Eu não podia ser assim. Preciso ser independente... de canetas(!)! Resolvo deixar o tempo passar, e manter a esperança de que mais a frente (na Central do Brasil) eu encontrarei a caneta certa, e ter certeza de que está não me falhará. Só preciso esperar essa imensa avenida passar, para chegar neste momento. Mas a cada prédio que passa minha ansiedade só aumenta.
Enfim chego na Central. Procuro ansosamente por aquele que vai me fornecer uma nova possibilidade. Mas ele nunca apareceria. Meu ônibus parte e meu trajeto segue. Eu não entende. Eu aguardei... Porque não encontrar algo que me permita exteriorizar bons sentimentos novamente?
Desiludida, sem mais esperanças....
Até que te vejo novamente ali. Não entendo o porque, mas apesar de você não sentir mais vontade de fazer por mim o que fazia antes, e agora que eu já havia aceitado isso, você ainda está ali. De uma maneira diferente, mas está. Ao meu lado. Começo então a escrever com você novamente. em compromissos, sem expectativas de que você também escreva. No começo, de fato você não me dá nada. Mas como eu já esperava por isso, e não me doía mais pois já tinha aceitado este fato, continuo escrevendo. Não quis expor nenhum sentimento com você. Apenas uma troca de palavras normais, sem cargas emocionais. Depois de algumas linhas, você começa a ser recíproca. Como eu já estava conformada, não me empolgo. Sei que mais cedo ou mais tarde você falhará novamente. Você falha, como eu esperava. Mas foram falhas menores. De pouco em pouco falha cada vez menos. Até não falhar mais, e se dar por completo para mim novamente. Não crio esperanças em cima disto. Sei que a qualquer momento você pode falhar novamente, uma vez que já sei que você tem essa capacidade, ou mesmo simplesmente não querer ser dar mais para mim. Por enquanto vou escrevendo sem compromissos. Quem sabe com o tempo você me prova que desta vez não falhará mais?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

É justo?

Venho pensando se as coisas são justas em nossa sociedade.
É justo ganhar o menor salário quem trabalha mais?
É justo os que mais dissertam e analisam o amor serem os que, na luta para conhecê-lo na prática, tenham mais dificuldade?
É justo as músicas e livros com conteúdos que menos acrescentam serem os que agradam mais?
É justo, com tanta injustiça no mundo, que eu só me pergunte se são justos os meus draminhas pessoais?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Aliteration Odyssey

It's time to start stating a new stage
Feeling fresh new, fighting for going forth
Wishing I were willing, like a wondering wave
Showing no shame I'd shout "I will reach the shore!"

Sibilant sounds swept something inside out my soul.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Procura-se Experiência

Procura-se experiência. Experiência de vida, por favor. No sentido de sabedoria, antes que meus queridos leitores pensem que minha mente confusa está cambiando para outros caminhos.

Procuro por experiência de vida. Mas não me venha com experiências a serem vividas, para que eu cresça com elas e me torne alguém melhor. Daquelas que nos servem depois de superadas, mas que antes parecem impossíveis de se sobreviver. Já tenho alguns destes executáveis rodando em meu sistema neste momento. Por isto mesmo procuro por experiências de vida. Quero uma experiência pronta, já vivida, superada, fast-junk-food.

Aceito versões em chip, pen-drive, ou mesmo em disquete 8" tá servindo. Qualquer coisa que implemente em meu sistema emotivo a sabedoria que se conquista após momentos difíceis. Mas sem que eu tenha que passar por estes momentos em si. Já disse, destas já estou tendo bastante no momento. E como meu processador é meio lento, estes executáveis estão me travando, dando pane geral que não tem ctrl+alt+del que resolva. Infelizmente não tem como dar ctrl+alt+del na vida. Por isto estou procurando por esta versão mais leve para meu sistema, só com os resultados, só com as soluções.

E não me venham com experiências meia-boca. Destas que não se tira nada, e algum tempo depois o usuário comete os mesmos... atos. Ponho no PROCON quem me vier com esta. Muito menos me venham com aquelas em que se mantém a eterna esperança de que no final vai ficar tudo bem, e de tanto pensar nisso essa hora nunca chega. Ponho no PROCON tb, e mais rápido ainda. Eu quero só o tudo bem, e agora. Quero que a sensação de que o pior já passou. A sensação de que a dor, a raiva e a melancolia já se esvaíram. A sensação de que já estou bem, que já renasci, que já segui em frente e voltei a ser feliz.

Mas caso esta esteja em falta no mercado, como estou suspeitando, pode me enviar a experiência padrão mesmo. Aquela que requisita esta extração de arquivos que é passar por ela, para que somente depois a sabedoria e a sensação de bem estar sejam instaladas. Mas, já que estou comprando algo que já tenho só para evitar que meu sistema emotivo expire, ela poderia vir com um acelerador de tempo de brinde?


Dedicado a algumas pessoas especiais que estão me mostrando que no final eu vai ficar tudo bem e que com isso tudo eu vou crescer. Obrigada de verdade.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como Eu o Amo

Uma amizade desde sempre. Desde sempre e para sempre. Infinita como o carinho que eu nutria. Sempre lá e eu nunca vi. E, de repente, então eu digo: "Como?? Eu o amo?"

E a dúvida pairece. Da dúvida vem a certeza. Da certeza a percepção do sentimento que sempre esteve ali. Com a percepção a explosão de tudo que sempre esteve guardado. Um turbilhão de sentimentos. E, de repente, então eu digo: "Como eu o amo!"

A partir de então percebo o sentido das coisas que nos cercam. Os filmes românticos são bobos, mas intrinsecamente gostamos porque é exatamente como nos sentimos. Bobos alegres. As músicas... o que antes era só um ritmo, uma melodia a ser cantarolada, passa a fazer todo o sentido aos nossos olhos e ouvidos. Viram poesia. Filosofia. Passo a me sentir uma igual aos autores. Vejo que o que sinto é o mesmo que eles descrevem. E, de repente, então eu digo: "Como eu o amo."

Mas o amor é sentimento frágil. Era vidro e se quebrou. E passa tudo. O que sempre esteve não está mais. O que estava preso e explodira, virou cinzas, desintegrou-se. O que era igual tornou-se completamente diferente. E, de repente, então eu digo: "Como eu o amo?"

Escrever é o melhor remédio

ou A Escrita Como Utilitário Para Não Gastar Dinheiro Com Psicólogo.

Hard times people... Really hard times....

Cansada de alugar o ouvido dos meus amigos e numa tentativa de esquecer as coisas ruins e seguir em frente, comecei a escrever. Sempre me disseram que eu escrevia bem (mesmo que eu não acredite muito nisso). Além disso, como universitária em letras, talvez já devia ter muita coisa escrita há muito tempo. Até porque, quando estou distraída (ou mesmo ocupada), tenho um frissom incontrolável de raviscar palavras num papel. Mas nunca tinha o que escrever. Agora eu tenho.

Por muito tempo quis retomar minha jornada no mundo da dissertação escrita (bonito termo pra definir escrita como remédio para a falta do que fazer, né?), porém a falta de tempo, e com o tempo o medo de já não ter a mesma prática de antes, me desviaram desta retomada. Hoje estou de volta. Não sei se superei estes bloqueios. Pode ser que eu poste umas duas vezes aqui e largue mão deste espaço, tornando-o mais um dos muitos domínios fantasmas do mundo virtual. Mas não vamos pensar nisso agora, né?

Não quero pensar no futuro para nenhum aspecto da minha vida neste momento. Porque descobri que até as coisas que parecem mais certas estão sujeitas a mudanças. Podem ser mudanças para pior ou para melhor, nunca se sabe. Mas o que é certo é que a única coisa certa é a incerteza da vida. Por via das dúvidas, prefiro pensar só no hoje por enquanto (para variar um pouco!), viver um dia de cada vez, e curtir cada dia de cada vez. Afinal de contas, ao planejar ocupamos o tempo em que deveríamos viver. E aí o futuro vira presente sem que pecebamos e logo em seguida já virou passado. E aí não há mais nada a ser feito.

Então Enjoy The Blog !

E como já dizia Chuck Noland, o famoso personagem de Tom Hanks em O Náufrago, "Amanhã é dia de continuar respirando, pois nunca se sabe o que a maré irá trazer".